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    William Waack quebra o silêncio: Não sou racista, minha obra prova.

    O jornalista William Waack, quebrou hoje o silêncio sobre o episódio que gerou sua demissão da Rede Globo. Em artigo publicado no jornal “Folha de S. Paulo”, neste domingo, ele negou que seja racista. “Aquilo foi uma piada — idiota, como disse meu amigo Gil Moura—, sem a menor intenção racista, dita em tom de brincadeira, num momento particular. Desculpem-me pela ofensa; não era minha intenção ofender qualquer pessoa, e aqui estendo sinceramente minha mão.”

     Willian Waack quebra o silêncio

    Waack era jornalista da Rede Globo até o ultimo dia 8 de dezembro, quanto foi demitido após o escândalo surgido com a divulgação, um mês antes, de um comentário em que ele define como “coisa de preto” um barulho que estaria atrapalhando a gravação de uma reportagem. Nas imagens, que viralizaram nas redes sociais em poucas horas, William Waack aparece no intervalo de um noticiário, em frente à Casa Branca, em Washington (EUA). Ao lado de um comentarista, ele participava da cobertura sobre a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas. Na gravação, uma pessoa aciona a buzina de um carro, do lado de fora do local onde os dois estavam e, sem saber que era gravado, Waack comentou: “Tá buzinando por quê, seu merda do cacete? Não vou nem falar, porque eu sei quem é… é preto. É coisa de preto”, disse. No mesmo dia em que o vídeo foi divulgado nas redes sociais, ele foi afastado da apresentação do “Jornal da Globo”, do qual era o âncora.
    No artigo da “Folha de S. Paulo”, William Waack afirma que existe racismo no Brasil e que durante toda sua vida profissional combateu este tipo de discriminação. “Durante toda a minha vida, combati intolerância de qualquer tipo —racial, inclusive—, e minha vida profissional e pessoal é prova eloquente disso. Autorizado por ela, faço aqui uso das palavras da jornalista Glória Maria, que foi bastante perseguida por intolerantes em redes sociais por ter dito em público: “Convivi com o William a vida inteira, e ele não é racista. Aquilo foi piada de português.”
    Para ele, o episódio que resultou em sua demissão é a expressão de um fenômeno mais abrangente que é a vigilância da mídia tradicional por grupos organizados que atuam dentro das redes sociais.  Sem citar nomes de veículos, Waack afirma que por “falta de visão estratégica, ou covardia, ou ambas”, muitos dos veículos tradicionais se tornam reféns da redes mobilizadas, parte delas, segundo o jornalista, alinhada com os que os donos de outras agendas políticas definem como correto. “Perversamente, acabam contribuindo para a consolidação da percepção de que atores importantes da “mídia tradicional” se tornaram perpetuadores da miséria e da ignorância no país, pois, assim, obteriam vantagens empresariais.
    William Waack atribuiu a “canalhas do linchamento” o ato que o atingiu. Ele encerra o texto com um desafio a estas pessoas. “Termino com um saber consagrado: um homem se conhece por sua obra, assim como se conhece a árvore por seu fruto. Tenho 48 anos de profissão. Não haverá gritaria organizada e oportunismo covarde capazes de mudar essa história: não sou racista. Tenho como prova a minha obra, os meus frutos. Eles são a minha verdade e a verdade do que produzi até aqui”.


    Veja o vídeo que circulou na internet.


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